Explicar o amor é impossível. Os gregos utilizam quatro palavras para falar sobre o amor (Eros, Fileo, Estorgue e Ágape). A nossa língua utiliza só uma; “Amor”. Todos os que falavam, e falam sobre o amor, não conseguiram explicar nenhuma parte desse sentimento. E não preciso ler todos os relatos produzidos no mundo sobre esse tema para falar disso com propriedade. Não há como explicar um sentimento “etéreo”, perfeito. O que se relata são apenas as conseqüências do amor, e não o amor “in situ”. Tudo trata sobre a espera, a esperança, o choro, a briga, o beijo, a ilusão, a desilusão, o cansaço, a doação, a fraqueza, a dedicação, o sexo, o trabalho, a felicidade, o abraço, os sonhos, o esforço, a morte, ou apenas alguma dissertação sem sentido (tal como a minha), (e, pra piorar; palavras são só uma pobre e limitadíssima maneira de tradução cerebral,).
O amor não é a felicidade. Porém, também não é a tristeza. O amor é algo como um... motor. Na vida, o motor é que nos leva para “lugares” que justifiquem o viver. Se esse motor vai te dar alegria, ou tristeza, não há como saber, pois é um motor com vida própria. É um motor comandado pelo outro lado de sua consciência. Você se lembra dos sistemas que regulam as funções corpóreas? O Sistema Nervoso Somático e o Sistema Nervoso Autônomo? Pois é, o amor é controlado (fazendo uma analogia) pelo Sistema Autônomo. E, insistindo ainda em analogias, você consegue explicar como se dá o funcionamento de suas vísceras, apenas se olhando no espelho? Você nem as enxerga. Apenas vive as conseqüências do funcionamento delas. Entende agora porque é impossível explicar o Amor?
Um abraço.
sábado, 15 de dezembro de 2007
Explique o Amor
Postado por Fernando Assad às 05:16
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1 Comment:
Adorei o texto. Explicou algo inexplicável, parabéns :D
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