Athos Bulcão é um artista dos contrastes. Das formas geométricas. Das cores definidas. Da união dos desunidos. Da descoberta da verdadeira beleza.
Une os quadrados aos semi-círculos, lhes retira as suas proposições e proporções anti-naturais, e mantém a identidade de cada figura com cores fortemente definidas. Cria uma naturalidade entre as peças, porque elas são contíguas. Elas “se continuam”, e saem andando por aí... E essa naturalidade acaba sendo acentuada, e muito, pela “repetição” das bases que formam a obra. O que é comum, é natural. Imagine um painel com a concepção de Athos; provavelmente, este não fará muito sentido. Agora, veja um painel de Athos; aí sim, a arte fará sentido.
As cores milimetricamente definidas de cada forma geométrica lhes dá o devido destaque e importância na composição da obra. E faz com que a obra “tome” o espaço em que se encontra. Quando não há o contraste de cores da tinta pré-fabricada, aparece o relevo. O relevo também “toma” o espaço em que se encontra. A parede externa do Teatro Nacional é um exemplo. O próprio ambiente faz o jogo de sombras e cria a arte. Cria uma “arte momentânea”, de acordo com a posição do sol.
Porque na sombra não existem unidos e nem desunidos.
sábado, 23 de agosto de 2008
Athos Bulcão
Postado por Fernando Assad às 16:05
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