O homem tem como referencial as pessoas que o rodeiam. Desde pequeno é, instintivamente, “forçado” a copiar o que os outros fazem, logicamente, por vantagens biológicas advindas. Se o modelo deu certo lá, cá, dará também. Mas, se de um lado existe essa vantagem, do outro, existe um conflito que pode gerar maus resultados. Ao copiarmos modelos que julgamos os melhores para nós, os fazemos entrar em conflito com o modelo que é inerente ao DNA de cada um. O desenvolvimento, com o passar do tempo, muitas vezes é um desenho disforme. Acaba-se criando uma personalidade híbrida, e muitas vezes falsa; esse hibridismo não permite o desenvolvimento das aptidões e características originais. Junta-se metade do sol com metade da lua. E é “nessa” que grande parte da maldade e burrice mundana aparece. E poucos acabam sabendo criar o seu próprio caminho; um caminho totalmente inovador e original, por que é exclusivo. É o doido do Hannibal Lecter que mata suas vítimas escutando música clássica, e tomando vinho francês de primeira qualidade. E a gente rindo, por que o filme é de “mentirinha” mesmo... e, comendo pipoca.
Cabe a cada um de nós saber se olhar no espelho igual gente, e não fazer como o passarinho que se olha no espelho e vê um pássaro parecido, ou, um outro pássaro.
E o resto do pensamento você termina.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Espelho, espelho meu
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terça-feira, 9 de dezembro de 2008
O NADA
O que eu, reles mortal, posso dizer sobre a absolvição dos assassinos Joseph Lepore e Jan Paladino, que ceifaram 154 vidas no avião da Gol, entre eles meu primo Átila? O que posso dizer sobre o "juíz" Murilo Mendes, que realizou essa proeza?
Me digam, o que eu direi?
Postado por Fernando Assad às 14:54 0 comentários
terça-feira, 28 de outubro de 2008
A Senhora Recessão chegou. Seja bem-vinda!
Não fique triste com as notícias sobre essa recessão pela qual o mundo está passando. Comemore! A não ser que você seja profundamente afetado por ela. Pois a recessão nos apresentou duas funções primordiais: frear, com alguma intensidade, a produção e o consumo, e nos conscientizar sobre o estado atual da humanidade. Os especialistas nos mostram o estado caótico em que estará a Terra daqui a uns 30, 40 anos. Tudo isso causado pelo consumo totalmente mal planejado, que só destrói, e fomenta a desigualdade. Não conheço evolução nenhuma em países que dizem que têm tecnologias de ponta, mas não sabem nem o básico, que é a preservação ambiental, e muito menos são capazes de devolver à natureza o que é dela.
Se você têm, ou pensa em ter filhos, comemore mais ainda. Mais uns anos de vida à nossa pobre terrinha foram dados. A destruição diminuiu, pelo menos, um pouco.
Que eu saiba, o único modo capaz de segurar essa avalanche destrutiva é a atuação da recessão. Você conhece algum outro fenômeno, em escala global, que consiga diminuir o consumo e, consequentemente, a destruição? Eu não conheço.
O futuro agradece.
Postado por Fernando Assad às 16:35 1 comentários
terça-feira, 14 de outubro de 2008
As duas almas
De modo geral, todas as formas de apresentação e representação da vida contém a “feiúra” em suas entranhas. Por trás das paredes de um teatro existe um emaranhado disforme formado por camarins, madeira, eletricidade, eletrônicos, e etc.; por dentro do arcabouço de um carro, existe o motor; dentro do nosso corpo existem os órgãos; e por dentro de nossa “alma” (ou consciência humana, como preferirem), o que existe? Algo feio?
Será que temos duas almas, uma interna e outra externa?
A nossa alma é o que nos torna humanos. É ela que nos permite a expressão. Você, leitor, deve estar pensando então que, para que nossa “alma” externa seja boa, a nossa alma interna deve ser má. Na realidade, a alma interna não é má, mas ela contém uma “maldade” inata porque ela é geradora dos nossos instintos de sobrevivência (instinto esse que quer nos pôr a frente de tudo e de todos). Mas a “alma interna” é inteligente, não é como o motor de um carro, que apenas gera e movimenta a periferia; ela é geradora, processadora e têm capacidade de evolução. Ela gera os instintos, mas os processa e transforma de acordo com a sua própria subordinação. Ela é professora e aluna de si mesma; prova que existe porquê tento explicar a mim mesmo o inexplicável, mas acabo entendendo.
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terça-feira, 7 de outubro de 2008
Aos meus amigos colonizadores
Posso provar que nenhum ser humano é natural deste planeta. Nem eu, nem você, nem ninguém somos naturais da Terra, pois o desenvolvimento humano para a sua subsistência depreda a sua própria fonte. Caímos de pára-quedas aqui. Não conheço nenhum outro tipo de bioma onde os seus seres nativos consomem a fonte geradora, de forma irreversível, para poderem viver. É totalmente antinatural. Os homens vivem em contagem regressiva. Não fossem os humanos, a Terra seria praticamente igual desde o seu início. Somos extraterrestres colonizadores. Somos os estranhos no ninho.
Mas, também, não consigo imaginar um planeta onde poderíamos viver sem esses problemas.
Somos todos super-homens que vivem com uma pedra de kryptonita no bolso...
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segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Vôo 1907 - Flight 1907 (continuação)
Pedir por justiça é demais? Ocorreu um verdadeiro massacre às pessoas a bordo do vôo 1907 da gol, mas o governo brasileiro abaixa sua cabeça aos norte-americanos. Os norte-americanos vão aonde querem, fazem o que querem, e fica tudo por isso mesmo. Aparecem em nosso território, causam um desastre, e os culpados continuam levando uma vida normal, como se nada tivesse acontecido; e tudo isso com a conivência e a ajuda desse "governo" brasileiro e do "presidente" do nosso país. O "governo" e o "presidente" Luiz Inácio não fazem questão nenhuma em defender o seu próprio povo. Joseph Lepore e Jan Paul Paladino levam vida normal. Imagine então se pilotos brasileiros fizessem o mesmo nos Estados Unidos...
Não acredito mais em justiça nesse país. Há dois anos ocorreu o acidente e a situação continua da mesma maneira. O "presidente" não faz questão nenhuma sobre esse assunto. Nem o governo. São mantidos pelo povo e viram as costas para o povo. Cadê os representantes do país? Onde está o presidente? Cadê os esclarecimentos? Cadê a vergonha na cara? Vocês acham que o povo brasileiro é feito de palhaços?
Postado por Fernando Assad às 16:09 0 comentários
Vôo 1907
Hoje, completa-se dois anos da tragédia do vôo 1907 da Gol. Meu primo não voltará. A dor é de quem tem.
Esperamos por justiça.
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quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Excelentíssimo Senhor Álcool
Toda substância comum causa alguns efeitos generalizados. A bebida alcoólica é muito comum, e causa efeitos em massa. E esse efeito é totalmente devastador para o homem. Uma garrafa com álcool não fala e nem pede nada; ela é silenciosa. Mas ela é muitíssimo sorrateira pois, ficando “na dela”, se infiltra em todas as esferas sociais, e as altera severamente.
Se o álcool fosse um ítem no prato da comida brasileira, seria como o arroz.
O álcool é o entorpecente das multidões; ele causa desvios e alterações mentais em grande parte da população, sendo que estas alterações mentais se encaixariam para ser tratadas em sanatório (obs.: não estou defendendo o modelo dos extintos sanatórios – mas foi a melhor maneira que encontrei para me expressar).
O incrível é que o mundo trata a bebida alcoólica como se fosse algo imprescindível.
Pense um pouco mais sobre os distúrbios sociais.
Imagine um mundo sem bebidas alcoólicas. Faça um pequeno esforço, e veja a diferença.
Mas, se uma garrafa de álcool for como um filho para você, nem precisa imaginar. Você merece os efeitos que ela causa.
Postado por Fernando Assad às 17:54 1 comentários
domingo, 21 de setembro de 2008
Sobre Paraolimpíadas e Olimpíadas
A cobertura e a dedicação da nação brasileira sobre as Paraolimpíadas, mostra a grande defasagem mental que ainda temos. Toda aquela horda de informações e dedicação dadas às Olimpíadas são um grande erro (se compararmos com a pífia cobertura dada às Paraolimpíadas). Pois as Paraolimpíadas mostram o que é a verdadeira superação, e o verdadeiro valor da competição. Nas Olimpíadas, os competidores dependem apenas de sua própria dedicação; e eles precisam vencer o oponente. Nas Paraolimpíadas, os competidores vencem as suas próprias dificuldades, e as barreiras impostas pela sociedade; e, em um plano muito desimportante, procuram vencer o oponente; esses competidores, sim, é que mereciam toda aquela atenção dada às Olimpíadas.
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quinta-feira, 4 de setembro de 2008
A reta e a curva
Acredito que não exista matéria curva. Apenas adequações de retas. A luz (luz é matéria), por exemplo, não faz traçado curvo. Mas ganha “contorno” através de reflexos e choques com outras partículas. A curva é antinatural, é não-funcional; não entra e nem sai. A reta flui e funciona. A curva só “se mexe” se for alterada para ser uma reta, e depois voltar a ser uma curva novamente.
Ninguém anda “de lado”. O carro não anda com o volante virado, mas anda em reta. O carro anda em reta, faz a curva e volta a andar em reta. A curva é o intervalo. A reta é a continuidade. Toda curva sempre é a declinação; pois ela é o caminho do retorno.
A curva, num gráfico, é a ascensão e o declínio. A reta, num gráfico, é a total progressão. É impossível que haja uma reta em gráfico que represente o declínio.
A luz, quanto mais for refletida, vai perdendo força até, uma hora, desaparecer.
Pena que o nosso planeta, e o nosso universo, são deformados... tudo é praticamente feito de curvas.
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segunda-feira, 1 de setembro de 2008
A história policial
A história policial é o tipo de história “mais completa”. A narrativa policial é a única capaz de juntar, de modo conveniente, drama, suspense, romance, aventura, terror e ficção. Existe uma maleabilidade incomparável neste nicho. Uma história de terror pode ser desestabilizada apenas pela junção desta ao drama, ou a ficção pode “desmontar” se for fortemente pautada pelo terror. Claro que há exceções, como as histórias de H. P. Lovecraft, que consegue unir o terror, de modo conveniente, à ficção.
A história policial é totalmente “Outlaw”. Sem lei.
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sábado, 23 de agosto de 2008
Athos Bulcão
Athos Bulcão é um artista dos contrastes. Das formas geométricas. Das cores definidas. Da união dos desunidos. Da descoberta da verdadeira beleza.
Une os quadrados aos semi-círculos, lhes retira as suas proposições e proporções anti-naturais, e mantém a identidade de cada figura com cores fortemente definidas. Cria uma naturalidade entre as peças, porque elas são contíguas. Elas “se continuam”, e saem andando por aí... E essa naturalidade acaba sendo acentuada, e muito, pela “repetição” das bases que formam a obra. O que é comum, é natural. Imagine um painel com a concepção de Athos; provavelmente, este não fará muito sentido. Agora, veja um painel de Athos; aí sim, a arte fará sentido.
As cores milimetricamente definidas de cada forma geométrica lhes dá o devido destaque e importância na composição da obra. E faz com que a obra “tome” o espaço em que se encontra. Quando não há o contraste de cores da tinta pré-fabricada, aparece o relevo. O relevo também “toma” o espaço em que se encontra. A parede externa do Teatro Nacional é um exemplo. O próprio ambiente faz o jogo de sombras e cria a arte. Cria uma “arte momentânea”, de acordo com a posição do sol.
Porque na sombra não existem unidos e nem desunidos.
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terça-feira, 19 de agosto de 2008
O redemoinho
O redemoinho
Perdem-se casas
Rabecas
Livros
E bicicletas
Num redemoinho infinito
De cores finitas
Num passo triste
Tudo se vai.
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domingo, 17 de agosto de 2008
Wassily Kandinsky
(para recapitular alguns posts antigos, vou republicar alguns, começando por "Wassily Kandinsky")
Wassily Kandinsky (1866 – 1944), pintor moscovita, foi um dos primeiros precursores da arte abstrata. Kandinsky propôs e viabilizou uma remodelagem da concepção da arte que é baseada no manuseio e representação de algum elemento “fixo” e real.
Ao contrário de muitos artistas que criam a abstração (ou Impressionismo?) a partir de “rajadas” oriundas do seu sentimentalismo, gerando quadros através de pinceladas fortes e/ou com cores vibrantes, pinceladas sem vigor e/ou com cores frias (as vezes flertando com toques do Minimalismo), e muitas vezes sem alguma evolução e delimitação, Kandinsky mostra que essa arte também pode vir da mistura da experiência unida à ciência. Para compor seus quadros, estudou o significado dos símbolos geométricos, o significado das cores e juntou a isso os seus sentimentos. Seus quadros têm uma estruturação de composição e/ou decomposição. Não são apenas a “materialização” do sentimento através da pintura, e também não apenas uma tentativa de extensão da expressão mental. É isso tudo convertido juntamente à logística da evolução e somatório de figuras. Faça a somatória das cores, dos elementos figurativos e dos elementos geométricos, que, assim, obterá seu resultado. Ou, seus resultados.
Postado por Fernando Assad às 17:04 0 comentários
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Vôo 1907 - A injustiça venceu
Com total indignação remeto a vocês os resultados desastrosos do “trabalho” ministrado pelas leis brasileiras e norte-americanas, sobre o acidente do vôo 1907 da Gol.
Sou primo de Átila Antônio Assad Rezende, passageiro do avião da Gol. Ele tinha um futuro brilhante pela frente. Cursava Medicina na Universidade Federal do Amazonas. Com muito esforço e anos de dedicação, conseguiu passar no vestibular da UFAM. Era uma pessoa correta, amorosa e dedicada. Tinha um senso de humor inigualável. Tinha total simplicidade no coração e milhares de amigos. Átila Assad Rezende, 24 anos, teve curta passagem por esse mundo, e se foi, levando pedaços de todos de sua família. Tudo principalmente por causa de imprudência, negligência e imperícia desses dois “pilotos” norte-americanos: Joseph Lepore e Jan Paladino.
Nem a justiça brasileira, e nem a norte-americana, puniram os culpados por essa tragédia. Não ocorreu absolutamente NADA com eles. Esses “pilotos” hoje trabalham normalmente, como se nada demais tivesse ocorrido. Repito: esses “pilotos” hoje trabalham normalmente, como se nada demais tivesse ocorrido.
Eu e minha família não temos nem o que fazer. Não acreditamos em justiça nenhuma. Um avião foi abatido em pleno ar. Famílias são destruídas, e não temos a quem recorrer. O que é o “governo brasileiro”? O que é o “governo norte-americano”? Para mim, é igual a NADA.
O “governo” brasileiro se submete a tudo em relação aos norte-americanos. O “presidente” Lula, por receio a Bush, liberou os pilotos para voltarem aos Estados Unidos.
Enfim, o resultado de tudo isso é aceitar tudo.
A injustiça venceu.
Postado por Fernando Assad às 16:59 0 comentários
sábado, 26 de julho de 2008
Obra de arte
Esse texto que você lê vai se tornar uma obra de arte. No caso, irá virar um quadro.
Vou imprimir uma folha com estas palavras, com as letras no modo Times New Roman, em tamanho 14; comprarei uma moldura totalmente preta, de largura média, lisa, com as medidas de uma folha A4.
Para entender o quadro, basta se aproximar, e ler.
Esse quadro não é do tipo “de aviso”, mas uma pintura. O meu pincel é o cartucho de tinta preto da Hewlett Packard.
Caro leitor do Novelo Digital, se quiser, pode perder um pouco do seu tempo e fazer um quadro igual a este, pois já está pronto.
Obrigado por acreditar.
Postado por Fernando Assad às 15:44 3 comentários
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Palhaços
Os palhaços são a melhor representação da tristeza, e da nobreza humana. O público não ri, na verdade, da alegria do palhaço. O público ri da tristeza. Este é o segredo escondido por trás da maquiagem e do nariz vermelho.
Existe uma força irrefugável na interpretação do pagliaccio. O palhaço é a busca da maximização para levar ao riso. O enredo é triste, desastroso, e o resultado é o riso. O palhaço toma uma rasteira. O palhaço leva torta na cara. O palhaço é feito de bobo. E o resultado é o riso. O palhaço leva tudo de ruim nas costas e, no final, ainda sorri. No meio do espetáculo, ele ri. No final, ele sorri. O riso e o sorriso da nobreza.
Fecham-se as cortinas, e a pessoa por trás da maquiagem se torna triste, inexoravelmente. Porque ela, na verdade, não é um palhaço. O palhaço é só uma interpretação. Ela é triste porque sabe que nunca será um palhaço.
A essência da beleza da alma é apenas encenada.
Postado por Fernando Assad às 19:41 1 comentários
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Espaço em branco
Amigo, use os meios que você tem. E honre suas meias, também. Esse post não quer ser mirabolante em nada. Esse post apenas quer fazer com que você se lembre de alguns famigerados políticos brasileiros desonestos. Esses profanadores da nossa população, e que destróem a ciência que se chama Direito.
Amigo, se você gosta de escrever, escreva sobre isso. Se sabe se expressar de outra maneira, faça-a também. Expresse-se sobre a verdadeira cidadania. Mostre o que é ser um verdadeiro cidadão aos seus filhos, e a todos.
(esse espaço vazio abaixo representa o meu desgosto, e diz da melhor maneira tudo o que quero dizer - luto)
Sem mais.
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sexta-feira, 11 de julho de 2008
Toda água
Toda água
Toda água boa se vai
Faz as curvas dum rio
E depois se desfaz
A água boa leva e traz
Leva o ruim, e o bem traz
Vai pro céu quando desfaz
Toda água boa se vai
Mas o rio sempre fica
Na vida de quem amais
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quarta-feira, 25 de junho de 2008
É um post
Há um bom tempo não escrevo aqui. Pelo menos, aparentemente. Pois a ausência também é “matéria”. No lugar do ausente, fica a sombra. E quem conhece o ausente, também conhece a sombra.
Quem já leu algumas coisas que escrevi cria o seu próprio post para o blog. É o que eu mais quero. Se o blog tomou alguma relevância para algumas pessoas, elas mesmas criam os seus “posts” para o Novelo. Que seja um texto, uma linha, ou uma palavra.
É um post.
Postado por Fernando Assad às 16:16 1 comentários
terça-feira, 27 de maio de 2008
Pense, mas não ache a resposta
Se você acha que é racional, e seu cachorro não é, pode começar a reavaliar os seus conceitos. Pois o homem, em seus primórdios, baseou-se nos animais para poder se desenvolver. Como você acha que foram descobertos os alimentos? Observando os animais. Como você acha que eram feitos os abrigos? Observando os animais. Eu não sou historiador, mas imagino que eu não esteja muito errado. Seria possível alcançar esses passos sem os animais? Seria impossível. Solte um cachorro no mato, e ele saberá “se virar” durante sua vida toda. Vá você para lá, e tente se virar também (somos todos animais terráqueos, não somos?), durante toda a sua vida. Se tiver sorte você acabará, pelo menos, como um Mogli (“Moglis” existem, comprovadamente). Você não será mais você. Você será aliciado por “irracionais” que não têm nem a linguagem humana, e se tornará um deles.
Quem é o dono da definição “racionalidade/irracionalidade”?
Nunca ache que você é racional ou irracional.
Pense, mas não ache a resposta.
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quinta-feira, 15 de maio de 2008
A Sorte e o Azar
Sabemos que a sorte não existe. E nem o azar. Definir se ocorreu sorte, ou azar, são apenas modos para darmos uma espécie de satisfação mental a nós mesmos. E mais um sinal de que aquela mentalidade antiga, sobre a existência de “deuses” do bem e do mal, ainda existe. Invocar a sorte, ou maldizer o azar é falar do sobrenatural. É claro que nem percebemos, mas nós estamos nos referindo ao “deus do azar” a cada vez que algo dá errado, ou ao “deus da sorte” ou, melhor dizendo, ao “deus da boa sorte” a cada vez que ocorre um resultado satisfatório.
E, o Deus da Sorte e o Deus do Azar vivem uma relação intensa. Muitas vezes o Deus da Sorte empurra seus “fiéis” ao Deus do Azar, e o Deus do Azar muitas vezes empurra seus “fiéis” ao Deus da Sorte. Ou um rouba os fiéis do outro.
O meu próximo passo é falar sobre o Deus Midiático, e o Deus Ostracismo.
Agora, me insiram no Panteão dos escritores de mitologia.
Até!
Postado por Fernando Assad às 04:03 1 comentários
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Os olhos de Dalí
Baseado no livro “Eram os deuses astronautas?”, de Erich Von Däniken, relato a vocês alguns fatores que deveriam nos levar a pensar seriamente sobre fatos do passado humano.
O calendário dos Maias era excepcionalmente preciso quanto a datação. Eles construíram inclusive pirâmides inteiras com um certo número de degraus, correspondente ao calendário. E, não se sabe como, mas eles tinham avançado conhecimento de astronomia. Desenhos de aparelhos avançados foram achados, e não há explicação convincente para eles. Sobre as pirâmides do Egito, considera-se que não pode ser imitada mesmo usando-se as técnicas mais avançadas da engenharia atual. Milhares de blocos de pedra foram extraídos de forma precisa e lapidados, e, pesando toneladas, foram adaptados sobre um plano-base, e montados com precisão incrível. A pirâmide divide continentes em partes iguais e a altura da pirâmide de Quéops, multiplicada por 1 bilhão, resulta em aproximadamente a distância da Terra ao Sol.
O que extraí do livro é apenas um aperitivo... há, ainda, “coisas piores”.
Seria obra de humanos? Ou, seria de e.t’s?
Salvador Dalí, aí em cima, olha com olhos impressionados e desconfiados...
Postado por Fernando Assad às 16:43 3 comentários
domingo, 4 de maio de 2008
Legião Urbana e o cinema mudo
Novos estilos e ritmos da música nunca se baseiam (ou nunca deveriam se basear) por si só, mas sim por conceitos e letras que dêem subsídios para a criação desses ritmos. O punk, por exemplo, nasceu da idéia da anarquia, e o ritmo musical agressivo aparece para dar suporte a essa idéia. O rock têm suas variações de melodia, mas a base do rock está, também, no conceito de liberdade plena (muitas vezes, com exagero também, parecendo a anarquia). Por isso, percebo que, grupos musicais que se formam primeiramente através da escolha do ritmo, para depois construir solidamente o conceito e as letras, geralmente têm uma grande dificuldade para consolidar sua música. Encontrar uma boa compatibilidade entre ritmo e letra acaba se tornando uma tarefa muito difícil; cai-se muitas vezes na superficialidade, ou, melhor dizendo, na falta de “pureza” de congruência, pois o ritmo é que dita a letra, e não mais a letra que dita o ritmo.
É por isso que, por exemplo, a banda Legião Urbana apresenta, acima de tudo, originalidade. O conceito da banda nasce primeiro, para moldar o ritmo depois. E esse ritmo sempre sofre as variações necessárias a cada música. Nada se engessa. "Faroeste Caboclo" é, para mim, o melhor exemplo: a saga de João do Santo Cristo é acompanhada pelo ritmo agressivo nos momentos de tensão da história, e o ritmo se torna suave nos momentos “românticos”, ou “leves”. A música é usada como no cinema mudo. E a platéia da Legião sempre fica muda para se lembrar da letra de “Faroeste Caboclo".
Um grande abraço.
Postado por Fernando Assad às 05:06 1 comentários
terça-feira, 29 de abril de 2008
Faça um provérbio
“Criar provérbios é fácil”. Pronto, criei um provérbio. Acho que, para se criar um bom provérbio, não se precisa de muito. Apenas precisa-se de uma sensibilidade afinada, para que se possa traduzir uma idéia, momento, ou situação, em palavras. E, também, precisa-se de um bom tino para o uso de aspas...
Estou até falando demais sobre provérbios. Pois, “provérbio não se discute".
Postado por Fernando Assad às 13:17 6 comentários
segunda-feira, 21 de abril de 2008
O lado esquerdo do zero
10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2... já! Assim começa uma prova de atletas, ou brincadeira de crianças, ou seja o que for. Porque muitas vezes começa assim, e não como uma seqüência crescente de segundos (como mostra o relógio)? Porquê o tempo individual regride para você. Ele não se estende. Se se estendesse, você viveria sempre mais, e não menos. Portanto, não seria correto que nossa idade fosse avaliada em contagem regressiva, e não como contagem contínua? – 1 ano, - 2 anos, - 3 anos... Um senhor, já bem idoso, não teria vivido seus 100 anos, mas seus – 100 anos! O saldo negativo indica a regressão. Se sai de um “ápice”, que é o nascimento, e se encaminha para a morte.
Você, leitor, não ganhou seus “30 anos” no aniversário. Você os perdeu!
Comemore os – 30!
A nossa vida corre pelo “lado esquerdo” do zero, e não pelo “lado direito”.
Um abraço!
Postado por Fernando Assad às 14:46 2 comentários
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Eu te amo todos os dias
Eu te amo todos os dias
Eu te ligo todos os dias
Mesmo eu sabendo a verdade
Seu telefone não existe mais
Eu te ouço todos os dias
Mesmo eu sabendo a verdade
A sua voz não ecoa mais
Eu te vejo todos os dias
Mesmo eu sabendo a verdade
Eu só tenho as suas fotos
Eu te amo todos os dias
Mesmo eu sabendo a verdade
Você não me ama mais.
Postado por Fernando Assad às 15:55 2 comentários
sábado, 12 de abril de 2008
O Mundo Paralelo
Se temos dúvidas quanto a existência do mundo paralelo, acho que já podemos saná-las. A não ser que a vida vista através dos nossos olhos seja apenas uma ilusão. O mundo paralelo é aquele “pedaço” de mundo, semelhante, que te espera. Existe aquela porção de água que você irá ingerir. Existe o espaço físico prévio que te possibilita a locomoção. Para que você possa viver, deve existir essa reversibilidade física. Deve existir matéria e espaço, prévios, para que você possa fazer essa troca constante de matéria e de espaços.
O seu mundo paralelo é aquele, semelhante ao seu “atual”, que existe e te espera, para ser usado por você. Este segundo mundo é semelhante, não igual, ao seu. Ele têm os mesmos componentes, mas é disforme(é como a junção das faces "cara" e "coroa" da moeda. Elas têm configurações diferentes e são inversas, mas uma só existe devido a outra, pois contém os mesmos elementos formativos - trecho acrescentado no dia 21/04/08).
Deve existir o dobro, sempre, de tudo o que é essencial à vida, senão, esta não vai existir. Mundo dobrado e semelhante. Mundo paralelo.
Abraços!
Postado por Fernando Assad às 15:50 6 comentários
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Olá,
A Ana Savini, do blog Le Hipopotame (http://lehipopotame.blogspot.com), me indicou o selo - É um blog muito bom, sim senhora! -. Muito obrigado pela indicação, Ana! Depois indicarei os outros blogs!
Abraços!
Postado por Fernando Assad às 16:14 1 comentários
sábado, 5 de abril de 2008
Mutável e volátil
A mutabilidade é o que determina a produção humana de hoje. A arqueologia do futuro não poderá obter muita informação desse nosso estado atual. Todo o material é altamente “volátil”. É mais fácil descobrir, hoje, o que aconteceu há milhares de anos atrás, do que será descobrir, daqui a só 2.000 anos, o que aconteceu hoje.
Todo o material humano atual é mutável, e também rapidamente destruído, para dar lugar a outro. O material de antigamente, não. Cidades em pedra, registros em placas, objetos manuais... tudo era consistente, visando uma longa vida útil, pois a evolução ocorria em pequenos passos. Um par de chinelos de couro durava “uma vida toda”. Uma casa de pedras durava séculos, ou milênios. Um par de chinelos, hoje, não dura mais do que dois anos. Uma casa de alvenaria mal dura cem anos.
De você, para sua futura geração, ficarão, talvez, algumas fotos. O registro do seu labor será sempre mutável e, portanto, com certeza esquecido, nesse grande emaranhado mundano (que é, como eu disse, altamente volátil, não permitindo registros materiais consistentes – isso dificulta, e muito, o reconhecimento do que foi feito).
Talvez, fiquem alguns parcos registros em palavras (logicamente) na memória de algum hd. Mas, por via das dúvidas, vou escrever numa placa de argila, e enterrar embaixo da terra:
NOVELO DIGITAL
"no.ve.lo: bola feita de fio enrolado"
(Fernando Assad – blog criado em dezembro de 2007)
Postado por Fernando Assad às 16:42 3 comentários
domingo, 30 de março de 2008
Bonecos de areia
Como posso dizer que a morte é o que te possibilita respirar? Posso, de uma maneira só. A morte não é o “último suspiro” (e claro que não é mesmo, pois quem “suspira” – que, pelo meu entender, suspirar por algo é romantismo - por algum motivo em seus últimos momentos de vida?), e também não é somente quando o cérebro pára de funcionar. A morte é morte enquanto houver vida. Mas, como entender que a morte está presente quando sentimos a luz em nossos olhos, ou quando estamos no ápice da juventude (quando consideramos que estamos livres de qualquer patologia comprometedora?). A morte se dá porque tudo em nós (nosso corpo) é feito por ciclos, e tudo já vira pó ao final de cada um desses ciclos. Somos como bonecos de areia andantes, que deixam seus rastros de pó por onde passam. Então, porque falar que se têm medo da morte? Ela se encontra tanto no vigor físico do atleta ou de qualquer outro trabalhador, tanto como se encontra no moribundo.
Por favor, arrumem o dicionário (o Aurélio e, com certeza, tantos outros), que diz: “morte: cessação da vida; termo fim; destruição, ruína; pesar profundo”.
O conceito de se “morrer por alguma coisa”, ou alguém, está, em parte, errado. Quem morre por algo não é somente aquele que “se joga na frente da bala”. Quem morre por uma causa é aquele que dedica a sua vida a ela.
Postado por Fernando Assad às 17:52 2 comentários
quarta-feira, 26 de março de 2008
É demais, pra mim
É demais, pra mim
É demais, pra mim
Que seu semblante não ilumine
Semblantes não iluminam
Mas é demais, pra mim
É demais, pra mim
Que seus pés não deixem marcas
Pés quase não deixam rastros
Mas é demais, pra mim
É demais, pra mim
Que suas mãos não flutuem mais
Mãos não flutuam
Mas é demais, pra mim
É demais, pra mim
Acreditar que digo essas coisas de você
Essas coisas não existem
Pois é demais,
Pra mim.
(Fernando Assad)
Postado por Fernando Assad às 16:12 1 comentários
segunda-feira, 24 de março de 2008
O verso das roupas
Repare bem nas suas roupas: o verso, da maioria delas, não provém o modo mais adequado para o contato com a superfície da sua pele. As costuras, rebordos, botões extras, gola, bolsos, e o próprio verso do pano não promovem o modo mais aceitável de contato das superfícies. Resumindo: não é objetivo da face interna promover conforto, mas sim, sustentar a face externa. Também, a face externa do pano têm as características mais refinadas. É claro que não há exacerbada sensibilidade da pele em relação às roupas (não há agressividade significativa no contato pele x pano), mas (repito), essa face interna do pano, que podemos considerar como sendo a mais importante para o conforto humano, não é a mais adequada. Se você inverter a roupa também, provavelmente o contato íntimo com a pele também não será dos melhores, pois o refinamento da face externa é artístico, e não visa propriamente o conforto. Concluímos, a partir daí, que o conforto não mais se dá pelo estímulo nervoso à derme e epiderme. A fisiologia muda. Você se olha no espelho, acha bonita e refinada a face externa da roupa, e, assim, a acha confortável. Gradualmente, a face interna se torna confortável, a partir da percepção da face externa.
Amigos: alterações fisiológicas são motivos para preocupação...
Um abraço.
Postado por Fernando Assad às 17:21 2 comentários
terça-feira, 18 de março de 2008
Escrevi
Escrevi
Escrevi naquelas pétalas retorcidas
Todas velhas, de gaveta, esquecidas
Com lápis que já perderam as pontas
Pra me recobrar do peso das ondas.
(Fernando Assad)
Postado por Fernando Assad às 17:07 1 comentários
sábado, 15 de março de 2008
O híbrido capitalismo-socialismo
Uma face híbrida, composta pelo capitalismo e pelo socialismo, vasculariza as políticas sociais de diversos países do mundo, incluindo o Brasil. Nenhum país do mundo é totalmente capitalista. As variações políticas atuantes se “renomeiam” para implantar suas idéias. Faces do socialismo são lembradas como capitalismo, apenas para poderem ter efetividade. Não ocorre em todos os casos, mas, em diversos, a criação de políticas – por exemplo – de “bolsa-alguma-coisa” se inserem no capitalismo, mas na verdade são idéias socialistas. Sabemos que o socialismo prega a distribuição igualitária dos bens produzidos por todos, mas também sabemos que, para que isso ocorra, deve existir uma “casta superior” para liderança de todos e, portanto, com situação diferenciada; a partir daí, já percebemos que o socialismo ideológico é falho. Mas, qual é o problema de se distribuir o “bolsa-alguma-coisa”? Essa idéia é bonita, mas o “bolsa-alguma-coisa” direciona a economia para poder dar ao povo a grande possibilidade de se criar uma situação cômoda, ao contrário de se concentrar forças para gerar oportunidades reais de crescimento social para todos. Nessa parte igualitária de ações é que mora o problema: é a partir daí que os atuantes do capitalismo abraçam o socialismo, fazendo com que a “casta superior” se mantenha de modo mais estável possível. Gerar oportunidades para todos é uma ameaça à casta, pois o desenvolvimento social generalizado é o que provém os meios e poderes para todos poderem fazer valer e evoluirem seus direitos, e fazerem constantes mudanças no patamar superior de “direção” social. O socialismo, então, se aplica aos pobres, pois os ricos são os próprios políticos. O híbrido capitalismo-socialismo é a realidade.
Postado por Fernando Assad às 09:06 4 comentários
domingo, 9 de março de 2008
Arca de Noé com propulsores
Se imaginarmos, e fizermos um balanço, de todos os atos do ser humano durante sua vida, podemos dizer que 75% desses atos geram destruição, 15% geram produção, e 10% não gera nada. Essa desproporcionalidade mostra que: do que o ser humano gasta para produzir alguma benesse, apenas 15% é “revertido” de alguma forma. Então, devemos ficar atentos quanto à época em que a cura do câncer e da AIDS forem descobertas, ou quando for descoberto um meio realmente eficaz para o processamento e regeneração do lixo. Nesse momento, a balança de descobertas estará favorável para nós, pois as tecnologias para reversão de danos significativos estarão em nossas mãos. Os meios para se reverter mais do que destruir serão conhecidos com propriedade. Mas, a desproporcionalidade produção x destruição é, e foi, tão grande, que muito se foi usado para essas descobertas, e a possibilidade de se reverter tantas perdas chegará a ser quase nula. O nível dessas descobertas estará em um patamar tão alto que, o que foi dispendido em troca desses resultados, já estará num volume atordoante. Comparemos esse momento futuro com o momento atual: atualmente, a regeneração de lixo têm tecnologia “mediana” para reverter de forma eficaz o que nós jogamos fora, e está “infinitamente” obsoleta para grande parte da população mundial. Nesse momento, ainda temos algumas poucas plantas para derrubar, e ainda alguma (pouquíssima) água para destruir. Quando grande parte da tecnologia, e da população, forem suficientes para produzirem mais do que destruir, esses restos de plantas e água de hoje já não existirão mais. Não sou pessimista, sou realista. As proporções de 75% de destruição e 15% de produção foram, estão, e continuarão existindo, pois são inerentes à humanidade. 75% do mundo já foi destruído, 15% ainda está para ser destruído, e 10% é feito por lugares totalmente obsoletos. É claro que essas porcentagens eu inventei, mas acredito que eu não esteja muito errado. Ou sentimos medo, e mudamos, ou é melhor já começarmos a fazer uma Arca de Noé com propulsores...
Postado por Fernando Assad às 14:48 1 comentários
sexta-feira, 7 de março de 2008
Pirâmide invertida
A hierarquização, em todos os setores da sociedade atual, agora vêm obtendo sentidos inversos. A base da pirâmide vêm passando a ganhar o seu destaque merecido, pois é essa massa que é o motor. Logicamente é ela que faz o “carro andar”, e isso agora vem sendo mostrado realmente. Os significados da democracia proprocionam vazão ao crescimento, e constante aperfeiçoamento das legislações; e isso é o subsídio fundamental para que as classes desenvolvam os seus sensos de posicionamento, e promovam suas liberdades de imposição e evolução. Não que um diretor de faculdade está perdendo sua autoridade, e nem um diretor de uma empresa também está perdendo sua posição de liderança. Mas, agora, essa liderança é mais maleável e adaptável, pois as classes “inferiores” da hierarquia mostram seus devidos significados através de meios legais, e através disso podem mostrar que a importância de suas funções é igual a de qualquer um na escala de comando de alguma instituição. A posição de liderança é apenas mais um item no currículo, e não é mais tido como algo que trata alguém de forma “superior”. Por exemplo: designa-se um engenheiro por ser especialista em projetar pontes, e outro engenheiro por ser especialista em fundações de prédios, e que também têm em seu currículo um histórico de liderança; este é mais um item que acrescenta ao profissional, mas não o faz “superior” a ninguém, pois os outros têm as suas peculiaridades.
A pirâmide se inverte, porque hoje a massa da base se move (através de meios democráticos), e a grande maioria dessa massa é capaz de tomar atitudes contundentes contra qualquer escala da pirâmide. Resumindo: a base da pirâmide é capaz de demitir o diretor, mas o diretor não é mais capaz de “varrer” a base da pirâmide.
Um abraço!
Postado por Fernando Assad às 15:51 0 comentários
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Belas palavras
O esquecimento constante de fatos já passados, é a forma mais eficiente para se promover a “romantização” de qualquer tipo de “construção”, em relação a esses fatos.
Você quer fazer um texto (uma poesia, etc.) belo e inspirador sobre o seu passeio na praia, que ocorreu ontem? Então, não escreva hoje, espere 8 meses para fazer esse texto (ou, então, faça um texto hoje, e um daqui a oito meses, e compare-os; você entenderá tudo isso, na prática). Isso porque, com o passar do tempo, os elementos “coadjuvantes” daquele passeio na praia vão sendo perdidos da memória primeiro, e você (de modo muito mais fluido e natural) irá substituí-los com uma construção sua. Por exemplo (texto feito um dia após o passeio na praia): “andar pela praia (elemento principal) com a minha namorada (elemento principal), sobre a areia (elemento principal) amarela, vendo gaivotas (elemento principal) sobrevoarem bem perto de nossas cabeças, me faz esquecer todos os dias de sofrimento”; (é diferente de – texto após 8 meses) “caminhar pela praia com a minha namorada, sobre um mar de areia amarelada, vendo as gaivotas exibirem de modo imponente as suas asas, me faz esquecer todos os dias de sofrimento”.
Desse modo (com a espera do passar do tempo), é que se descobre mais naturalmente a substituição mais romântica para os elementos que, se forem descritos como o são, acabam se tornando muito “artificiais” e frios. A “flor de pétalas brancas que dei para ela”, passa a ser “a flor de alma branco-geada que dei para ela”.
Para finalizar: você, que têm mais de 20 anos (se teve uma infância saudável), sabe relatar a sua infância sem elementos romantizados? É esse esquecimento “parcial” e constante, que faz com que as lembranças de sua infância sejam mágicas.
Postado por Fernando Assad às 13:14 6 comentários
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Uma porta, e dois veículos
Todos nós podemos perceber que uma porta, de largura comum, não foi feita para o trajeto simultâneo e confortável de duas pessoas. O trânsito veicular, ou qualquer via de tráfego, norteiam-se sob este mesmo princípio. Então, qual é a racionalidade de se estabelecer, como consenso generalizado, que todas (ou a maioria) das empresas, instituições governamentais, universidades, escolas, profissionais liberais, e etc., comecem o dia de trabalho às 8:00 horas em ponto, e terminem por volta de 17:00 horas? O acréscimo do número de veículos é constante, e plenamente visível, principalmente nas grandes metrópoles. O consenso generalizado sobre esses horários já citados, força a “invasão” quase simultânea das ruas por todos os veículos de pessoas ativas no trabalho. Essa é uma das grandes “doenças” da atualidade, pelos seguintes fatores: veículos que demoram para chegar ao local de trabalho consomem mais combustível, aumentando o nível de poluição do ar (e o gasto com combustível), e esses veículos sofrem mais desgaste de motor, aumentando o nível de despesas do dono (com a manutenção); o nível de estresse e o cansaço do trabalhador aumentam, afetando de forma contundente o seu rendimento (boa parte do trabalho do dia acaba sendo feito no trânsito mesmo); o nível de atrasos é maior; ambulâncias ficam paradas; em caso de acidentes, o congestionamento fica maior ainda; isso sem citar os outros vários efeitos deletérios causados pelo trânsito congestionado. Então, não seria um grande passo para a ajuda na “homeostasia” das cidades, que o governo convencionasse regras mais éticas para os turnos de trabalho? Por exemplo: estabelecer que, no mês de fevereiro, os horários para o início de turno em instituições públicas e escolas, passem a ser de 7:50 hrs, e, de fim de turno, às 16:50 hrs; e universidades e empresas, de 8:15 hrs, às 17:15 hrs. No mês seguinte, a inversão de horários deve ocorrer.
Ganha-se, só com essas pequenas mudanças, 25 minutos para a melhora da homeostasia do tráfego nas ruas (repito: essas regras seriam convencionadas e estabelecidas mais pela indução da ética, e não gerar restrições jurídicas aos “infratores”). Assim, ganha-se “25” anos de avanços para o nosso país.
(implicações sobre possível incompatibilidade de horários à parte)
Abraço!
Postado por Fernando Assad às 16:41 12 comentários
sábado, 16 de fevereiro de 2008
A música do futebol
Se fizermos um traçado entre um time de futebol e um grupo musical, podemos obter as seguintes percepções: o goleiro corresponde ao baterista, pois é o baterista que dita o ritmo e confere a estabilidade e segurança ao grupo; o baterista é fixo, se mantém na parte de trás do restante do grupo e, se fizer firula e entrar em descompasso, quando está “com a bola nas mãos”, acaba podendo estragar toda a música (ou “quase” leva gol, ou leva o gol mesmo). O zagueiro corresponde ao baixista, pois o baixista ajuda o baterista a ditar a estabilidade do grupo, e apresenta o som mais grave, “pesado e fechado”, assim como é a atitude do zagueiro para poder fazer a marcação forte sobre o adversário. O volante é a guitarra base, pois a guitarra base articula todo o grupo e profere vazão às “jogadas”, apresentando as características intermediárias (e sendo o elo de ligação) entre o baixista (zagueiro) e o guitarra solo (meia). O guitarra base dá harmonia ao grupo. O meia é o guitarra solo, pois o guitarra solo dita a melodia e a criação, fazendo o acompanhamento “afinado” ao trajeto do vocalista (atacante). Os laterais sãos os percussionistas, pois eles incrementam e apresentam as funções tanto na defesa do time quanto no ataque. Os laterais/percussionistas são, vamos dizer assim, os líberos; os apoiadores. E, por fim, o atacante é o vocalista; ele é direto e específico, espera a articulação de todo o restante do grupo para poder trabalhar, está na posição mais “adiante” do grupo, e, sem um bom vocalista/atacante, o gol não sai.
(obs: não sou músico, essa é apenas a minha percepção)
Abraços!
Postado por Fernando Assad às 14:38 15 comentários
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Os três pontos finais
Criar e representar dissociações interligadas que atinjam o âmago de espectadores, ou leitores, é algo muito raro (é redundância, mas gostei de usar essas palavras). Eu encaro essas dissociações como Surrealismo. Não sei se vocês já assistiram aquele episódio de “Os Trapalhões”, que contava uma história “à la” Monty Python, mais ou menos assim: o personagem Didi, durante sua rotina diária, sempre recebia chuva (somente em si), onde quer que ele estivesse, várias vezes ao dia, e principalmente nos lugares mais inconvenientes; ao final de seu dia, ele vai para casa e assim vai tomar banho, mas, quando ele abre o registro do chuveiro, a água não sai... então, ele acaba por sair do box do banheiro, para assim a chuva aparecer de novo (pois, como eu disse, ela só aparece em locais inconvenientes) poder tomar seu banho.
Qual é o sentido dessa história que reproduzi? Nenhum. Mas, satisfaz o âmago de sua consciência? Creio eu que, possivelmente, sim.
Dar explicação (mas não sentido) à esse tipo de história, é como associar quatro desenhos (dois quadrados, e outros dois círculos), em dois quadros; faça uma justaposição lateral de um quadrado com um círculo em um quadro, e faça outra, no outro quadro, onde o círculo seja atravessado parcialmente pela “ponta” (rebordo) do quadrado.
O que podemos obter da associação desses dois quadros? Podemos perceber uma transição do estado de paz (1º quadro), onde o círculo e o quadrado estão “harmoniosos”, para um estado de “invasão” (2º quadro), pois o quadrado acaba por “romper” o círculo.
O que eu falei têm sentido? Nenhum. São só desenhos que poderiam representar um milhão de coisas. Mas, eu pude satisfazer o âmago da sua consciência? Creio eu, que sim...
Postado por Fernando Assad às 12:39 9 comentários
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
O Danilo Moreira, do blog http://emlinhas.blogspot.com, me indicou o selo "É um blog muito bom, sim senhora!". Fico muito feliz e lisonjeado com essa indicação, muito obrigado Danilo!
Agora, deixo dois indicados (poucos? não sei... é porquê acho que indicar 5 acaba sendo muito, melhor restringir um pouco):
Le Hipopotame (http://lehipopotame.blogspot.com): Do blog da Ana Cláudia não tenho nem o que falar... é um blog que trata sobre cultura em geral, enriquecendo de maneira soberba o nível de sabedoria e cultura dos seus leitores; são raros os blogs como esse. Sou fã da Ana.
Net Esportes (http://netesporte.blogspot.com): O Net Esporte é feito por, como diz o seu próprio enunciado, "Registros e opiniões sobre os grandes acontecimentos esportivos do mundo". Lá, há sempre novidades sobre diversas modalidades esportivas. Excelente.
Postado por Fernando Assad às 13:11 3 comentários
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Melhores do Mundo?
A população mundial nunca vai conhecer os definidos realmente como os “melhores do mundo” em alguma área. A definição de “melhor do mundo”, por exemplo, nos esportes, é uma concepção errada, e talvez poucas pessoas pensem nisso. O “mais rápido velocista do mundo” não é o mais rápido do mundo, ele é o mais rápido apenas entre os velocistas profissionais. Dentre os que tiveram a oportunidade de aprofundar seus gostos, aquele “tal” velocista foi o que conseguiu mais êxito. Se todas as pessoas que tivessem o gosto pela mesma área, encontrassem as mesmas oportunidades, e treinassem em condições semelhantes, com certeza o quadro seria totalmente diferente. Não estou desmerecendo os esforços das pessoas, mas muitas vezes o esforço não encontra o resultado justo e correspondente. Roger Federer talvez, ou provavelmente, não seria considerado o melhor jogador de tênis atualmente, Pelé não seria considerado o melhor jogador de futebol de todos os tempos e nem Ian Thorpe (?) seria o mais rápido nadador do mundo. A pobreza limita, o local de nascimento limita, a cultura limita (pois ela pode querer predispor alguém à alguma profissão, ou considerar alguma profissão como errada) as pessoas que passam pela nossa vida limitam, a doença que aparece limita, os acidentes limitam. Essas definições de “melhores” em alguma coisa (em qualquer área do conhecimento) são apenas ilusórias pois, talvez, aquele vizinho paupérrimo de Albert Einstein, se não tivesse sido forçado pela pobreza à trabalhar e dedicar sua vida para aquela profissão da qual ele não gostava, talvez tivesse descoberto algo mais fascinante do que a teoria da relatividade.
Até a próxima!
Postado por Fernando Assad às 10:49 10 comentários
sábado, 2 de fevereiro de 2008
Resíduos
Resíduos de fortes conservantes, aglutinantes, aromatizantes, agentes de sabor, e etc., (produtos esses que, sozinhos, não seriam ingeridos por ninguém) se depositam e vão se acumulando em todos nós, a cada ingestão de alimentos (a maior parte do que comemos é industrializada, nem preciso falar isso). Resíduos provindos de propagandas, com suas mensagens e idéias implícitas, vão se depositando em nosso cérebro, cada vez tomamos contato com qualquer meio de comunicação. Resíduos provindos da mescla de impurezas (estas cada vez mais variadas) do ar, vão se depositando em nossos pulmões a cada inspiração, e também vão agredindo nossa pele. Resíduos de árvores e animais fazem os nossos quintais. Resíduos dos raios de sol (raios ultravioleta), aparecem cada vez mais, e cada vez mais vão agredindo nossos olhos. Resíduos não coletados numa lixeira, vão agredindo o chão e as superfícies dos lugares por onde passamos. Resíduos das nuvens (chuva ácida), corroem os metais. Resíduos das boas músicas invadem as rádios e as tevês. Resíduos da boa-vontade e da amizade, permeiam cada vez mais nossos círculos sociais. Resíduos da Ciência Política comandam o nosso País.
Apenas os resíduos de bom-senso e inteligência vão podendo existir, devido à supressão provinda da ganância, ignorância, e da burrice alheia.
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(aqui embaixo está o selo que fiz, intitulado "Paz que Une". Fico feliz por quem aderir (e reproduzir o selo) à esta campanha, pois falta muita paz nesse mundo)
Abraço à todos.
Postado por Fernando Assad às 10:58 6 comentários
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Início, meio, enfim
Quem apresenta qualquer tipo de conteúdo entende apenas 50% deste conteúdo. Eu só entendo o significado de 50% do que escrevo aqui (e vou explicar o porquê). Isso porque os outros 50% ficarão para os resultados da leitura (os efeitos que aparecerão eu não sei, só posso presumir – e o que vou conhecer são só alguns detalhes). Só existe metade dos significados dessas idéias aqui, a outra metade (que contém a continuação da história e significados desse post) ainda vai ser criada. Um pensamento escrito (ou qualquer meio que passe alguma mensagem) só vai poder ir sendo completo, à partir do momento que o leitor ou ouvinte capta aquela mensagem. À partir disso, é claro que a experiência acaba de ser aumentada e as futuras ações do indivíduo mudarão. O leitor desse texto vai pensar de outra maneira ao final da leitura, e não há escapatória, pois ele leu. Assim, modifica-se o significado dessa preposição de que (quase) toda história têm início, meio, e fim. Há um início, há um meio, mas o fim não é este que se presume. O fim da história do pensamento que escrevo aqui é impossível de ser descoberto; e também não é o fim, são os “fins” (estão com vocês). Quem passa alguma idéia usa o passado, para criar o presente, mas não sabe todo o resultado (só saberá de alguns pontos). Só se entende completamente o significado de qualquer coisa, se puderem ser descobertos os resultados que aparecerão.
(para exemplificar: você cria um projeto científico em sua faculdade, mas só os resultados práticos vão completar o sentido deste projeto - adicionei esse trecho no dia 31/01/08 às 22:00 horas)
Até mais amigos!
(ah, e olhem o post debaixo também, sobre o selo "Paz que Une")
Postado por Fernando Assad às 14:24 27 comentários
Paz que Une
Amigos,
Criei esse pequeno logotipo sobre a paz. Acho que esse é um dos meios para a promoção dela pois, como está escrito, "Paz que Une" é um lembrete; uma forma de se fixar uma idéia nobre e que está tão em falta nesse mundo. Não sei quantas pessoas vão aderir à essa idéia mas, espero que, quem goste dela, também reproduza esse banner (que é bem pequeno, acho que não atrapalha um site).
Abraço à todos! (a paz nos une)
Postado por Fernando Assad às 07:09 16 comentários
domingo, 27 de janeiro de 2008
O país de linhas
Imagine se acontecesse agora uma reviravolta, e o mundo sofresse uma nova divisão, onde as pessoas com a mesma filosofia e/ou estilo de vida passassem a dividir um mesmo país. Cada país, uma filosofia. É o que todos procuram, não é? Porque, dentro de uma certa filosofia ou estilo de vida, o que se exalta, logicamente, é ela mesma. Mas acredito eu que, com certeza, metade daquele povo do “novo país” continuaria igual (“falando por alto”) e metade da filosofia basilar morreria, gerando outros estilos de pensamento. Com o tempo, surgiriam as minorias e as maiorias; surgiriam novas linhas de pensamento; assim, tudo ia acabar voltando ao modelo antigo, do qual aquele povo tinha saído. Mas, qual é o porquê disso? A resposta é simples. Se todos seguirem uma mesma filosofia, não há destaque e nem singularidade à ninguém. A massa é igual e insossa. Não há novidades nem remodelagem de conceitos, pois não há a referência daqueles que são os diferentes.
Um estilo de pensamento só se mantém se tiver de se contrapor à outro porque, senão, não há nenhuma referência para aquele pensamento.
Por isso, deve-se dialogar e estudar as outras linhas de pensamento pois, senão, metade da filosofia incrustada em seu cérebro não se remodela buscando o que é o melhor para você.
Abraços!
Postado por Fernando Assad às 06:59 22 comentários
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Um ponto
.
Um ponto falei
Um ponto deixei
O dever do poeta é fonética
E, também! Da fala estética
Estética pra alma
Estética pros olhos
Estética sem juízo
.
Um ponto falei
Um ponto deixei
Postado por Fernando Assad às 16:14 25 comentários
sábado, 19 de janeiro de 2008
O Universo, o corpo e Deus
Não sei se todos sabem, mas o Universo está em contínua expansão. Sabe-se que as galáxias estão se afastando quando se fazem comparações periódicas de espectro de luz. Se, depois de um determinado tempo, após a avaliação do espectro de uma galáxia, esse espectro diminuir, significa que aquela galáxia está mais distante. Incontáveis estrelas são formadas constantemente e incontáveis buracos-negros são formados constantemente. Meteoritos entram em constante contato com a abóbada celeste da Terra, mas estes encontram a resistência atmosférica e se desintegram, gerando luz. Esses fenômenos são conhecidos como “estrelas cadentes”. E, porque nós não sentimos com violência os efeitos desses infinitos e imensuráveis acontecimentos do espaço? Devido à gravidade e à atmosfera. E todos esses fenômenos ocorrem para garantir a homeostase espacial. Nada é aleatório. O Universo se expande como o corpo humano cresce. Estrelas morrem como células do corpo humano que se submetem à apoptose (auto-destruição programada). Buracos-negros sugam estrelas e corpos celestes do mesmo modo que o câncer destrói células saudáveis. Estrelas nascem à partir do mesmo princípio de necessidade que o corpo terrestre necessita de células novas. Qual é a lógica disso? Me responda: Você viveria sem o Sol? Sem isso, não haveria história, e nada existiria. O Universo nasceu um dia, e vai morrer também, não vai durar para sempre, do mesmo modo que morre o corpo humano.
Para os incrédulos, eu afirmo. Deus existe. Existe um cérebro por trás disso tudo, do mesmo modo que existe um cérebro que rege nosso corpo. O Universo não é nada mais do que um grande corpo. “O” grande corpo. Nós, humanos, somos nada mais que metáforas desse corpo.
É impossível retirar a “gravidade” que protege nossas cabeças dessas evidências, pois é impossível se explicar a homeostasia do infinito espaço, mas, pelo menos, podemos enxergar o horizonte.
Um abraço.
Postado por Fernando Assad às 16:34 37 comentários
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Blog Cabeça
Fico muito feliz e agradecido, por receber o prêmio/selo "Blog Cabeça" da Ana Cláudia (http://lehipopotame.blogspot.com)!! Muito obrigado pelo presente Ana!!
Agora, indico esses blogs para receberem também:
Psicologia em debate (http://psiscc.blogspot.com): Blog muito interessante da Psicóloga Veronica Valadares, que mostra suas opiniões pessoais de modo construtivo e informativo.
Botecast (http://botecast.blogspot.com/): Gostei bastante do Botecast, não segue uma linha principal, aborda temas variados e interessantes.
Rock Show 2 (http://rockshow2.blogspot.com/): Muito legal o blog do Alysson Rodrigo, que fala sobre várias bandas de rock e apresenta novidades.
Um abraço!
Postado por Fernando Assad às 16:54 11 comentários
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
A informação e a escrita
A ordem de importância que prevalece, para que informações causem contundência em nós, é baseada no estímulo sensitivo. A escrita têm menos valor (para contundência) do que a fala, pois a fala provém 1001 maneiras de expressão de uma simples frase; uma frase escrita não têm o mesmo impacto que uma frase falada. E, se você brigar na rua, dificilmente você vai esquecer das pancadas que levou. Se você beijou sua namorada, você vai se lembrar mais, e mais intensamente, do beijo, do que quando ela lhe disse a frase “eu te amo” (variações da regra à parte).
Mas, a palavra escrita é definitiva. É fiel ao seu proposto. Pode-se mentir pela escrita, mas essas mentiras são gravadas na alma de quem escreve. O papel de quem escreve não é a marca “Chamex”, mas a sua própria alma. Digo que são “mentiras verdadeiras”, porque estão totalmente explicitadas ali na folha, e não implícitas. E quem lê tem toda a disponibilidade para a interpretação de algo imutável que está em suas mãos. A palavra falada não é definitiva; ela nasce e morre em alguns segundos, e é sujeita às variações causadas pela malícia humana; é aí que se instala a instabilidade moral. Suponho então que, se todos os seres humanos ficassem calados, e só tivessem possibilidade de comunicação pela escrita, o mundo seria bem melhor, mais pacífico. Ou mais estável. Pois, por exemplo, se Hitler comandasse o povo sem suas apresentações teatrais, mas apenas por folhetos, duvido que teria êxito em seu plano. O povo também pensaria mais antes de decidir, pois poderia reler quantas vezes quiser, a mesma coisa. Haveria mais divergências de idéias.
Como eu disse, a palavra falada não é definitiva, é relativa; e ela nasce e morre em alguns segundos. Esta só terá valor moral e fidelidade, igual à da escrita, se dita sem malícia e sem intenção. A fala de uma criança têm mais importância que a sua, adulto, porquê ela não tem pretensão. Nunca subestime uma criança, adulto leitor deste texto, porque a palavra dela vale mais que a sua. E não há pensamento, nem ciência, que é dominada pelo adulto, capaz de superar isso.
Por fim, se você receber a informação sensorial física de que seu pé foi perfurado com um caco de vidro, essa informação vai durar a vida toda no seu pensamento e no seu pé. E ela talvez se cicatrize antes do dia do seu falecimento, e a marca, no pé e no pensamento, desaparece junto com o seu corpo.
A escrita é eterna (enquanto o material – tanto papel, digital ou cerebral - que lhe guarda, durar); a fala só dura quando se instala no ouvido de outro, e enquanto o outro ainda lembra; e a cicatriz morre com o seu dono.
Escreva sempre, nem que seja só pra você mesmo, pois é assim que se descobre a verdadeira determinação de sua alma. É impressionante, mas quem mais descobre é o leitor da sua própria escrita. E, ainda, você pode ficar para a eternidade.
Abraço.
Postado por Fernando Assad às 20:23 24 comentários
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
As fotografias não envelhecem mais
As fotografias não envelhecem mais.
Não que seja correto que uma fotografia, com o tempo, sofra perda de qualidade tanto visual, quanto degradação do papel. Mas os objetos, hoje, não acompanham mais os ciclos de nossas vidas. Não há cartas escritas à mão envelhecidas nas gavetas, só emails; Não há roupas personalizadas (das antigas festas de halloween, apresentação teatral, ou algo do tipo, onde se fazia o seu próprio Batman, Mulher-Maravilha ou qualquer personagem inventado) e velhas no armário, pois hoje, as roupas já vêm personalizadas; Não há mais aquele tênis que você rasgou quando fez o gol mais bonito da sua vida, pois hoje, não se aceita mais isso (vai pro lixo); Não há mais aquele relógio “verde e ridículo” dado por sua antiga namorada, e hoje com o pé quebrado, que te levantava todas as manhãs, e que deixava a cor verde em sua memória quando você estava em outros lugares; Não há mais corações talhados na árvore com as iniciais dos amados, mas letras padronizadas de uma mensagem mandada pelo celular, que se junta e se iguala à todas as outras que você têm na memória do celular.
O esforço de se escrever uma carta à mão e mandá-la pelo correio diminui severamente quando se manda um email, e na mesma proporção o coração de quem escreve se petrifica.
O valor do destinatário diminui proporcionalmente ao valor de um email; torna-se descartável e comum, tanto quanto o email, sendo este que será apagado depois de um tempo, para esvaziar a memória da sua conta na internet.
A sua fotografia, leitor deste texto, talvez, não envelheça mais...
Postado por Fernando Assad às 11:42 21 comentários
sábado, 5 de janeiro de 2008
Quando não se tem a razão
O pior de tudo é querer sobrepujar. É ter tanta certeza da própria razão, que esta certeza é a própria falta de razão.
As pessoas não devem ser espécies de “Tchitchikov’s”, (personagem principal do fascinante livro “Almas Mortas”, de Nikolai Gógol), que compra “almas” de servos já mortos, mas que ainda não foram registrados pelo censo de obituário; então, ainda são equivalentes à vivos. Mas, essa espécie de “Tchitchikov” que criei é invertida; ela compra os servos vivos, mas, por algum tipo de suposta invalidez, temporária ou permanente, vão sendo registradas como mortas.
Com certeza, milhares de histórias divulgadas de problemas alheios, faça, de alguns sim (muitos, poucos? Não sei) Tchitchikov’s. Esses Tchitchikov’s são aqueles que vão à banca de jornal para comprar fatos dos parcos registros, ligeiras projeções, e julgá-las à partir dessas demonstrações. É como julgar um livro de 1.000 páginas apenas por ler algumas frases. E têm para si a definição de que aquele, a “alma” que aparece naquela revista que comprou, e a julgou, deve estar registrada como morta, ou inválida de algum modo.
O “Tchitchikov” original (o do livro), pela minha memória, ganha êxito com sua tática (leia o livro, e saberá). Mas, o que ganha este “Tchitchikov” (o que modifiquei)?
Por fim, não se esqueça que você também é mídia. À partir do momento em que você passa informação à outrem, você é mídia. E a mídia mais eficiente não é a televisão, internet ou o rádio (Guarde segredo: é você).
Um abraço, amigos!
Postado por Fernando Assad às 13:22 2 comentários
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
Se Voltaire pode...
A vida humana é uma curva parabólica. Um semi-círculo.
À partir do “zero”, unem-se fatores externos e forma-se o “um”, partindo-se assim para a progressão (curva que ascende e posteriormente descende).
O “um” segue em contínuo crescimento, até o “ciquenta” (metade).
À partir do “cinqüenta”, a força da voz se perde, as palavras gradualmente são esquecidas, os cabelos caem, a altura “diminui”, a pele se torna fina, o osso perde densidade, os músculos são substituídos por gordura, o andar se torna lento..., enfim, o metabolismo e a proliferação quantitativa e qualitativa celular decaem.
As duas metades do semi-círculo são semelhantes. E há muitos que acham que a metade descendente é o mal em si.
Devemos decrescer a contagem (-51, -52, -53...), e não regredir, por motivos óbvios.
O semi-círculo é incompleto, deformado, se inicia e morre em “nada”. Cada um de nós é um semi-círculo em contínua formação.
O círculo é a forma perfeita. Se atém a si, é totalmente uniforme, sem rebordos, se completa sozinho. O objetivo do semi-círculo é se formar como círculo.
Como se forma um círculo... isso, você sabe.
E o bebê morre como um...bebê.
Se Voltaire adora se basear na razão para explicar tudo, e também o bem e o mal, também posso explica-las do meu modo, tendo eu razão, ou não.
A vida é um semi-círculo.
Postado por Fernando Assad às 18:44 5 comentários