quarta-feira, 26 de março de 2008

É demais, pra mim

É demais, pra mim

É demais, pra mim
Que seu semblante não ilumine
Semblantes não iluminam
Mas é demais, pra mim

É demais, pra mim
Que seus pés não deixem marcas
Pés quase não deixam rastros
Mas é demais, pra mim

É demais, pra mim
Que suas mãos não flutuem mais
Mãos não flutuam
Mas é demais, pra mim

É demais, pra mim
Acreditar que digo essas coisas de você
Essas coisas não existem
Pois é demais,
Pra mim.

(Fernando Assad)

1 Comment:

Janice Diniz said...

Gostei muito das tuas palavras, da densidade explorada com simplicidade, delicadeza e sensibildade. Um texto curto, fácil de memorizar e se recitar na hora mais melancólica do dia.

Voltarei outras vezes.

Abração

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