terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Apenas um presente...

By Fernando

Amigos, ando percebendo que existe uma "materialização" crescente das relações sentimentais inter-pessoais. Características da "evolução"... Evolução? E é óbvio que esse fato já acontece há muito tempo. O maior exemplo disso é o presente que é dado à criança. A felicidade que a criança está buscando, que está sempre pedindo, está aparecendo tão-somente no brinquedo. Devo lembra-los de que o maior valor que o presente deve ter é ser somente um veículo, para mostrar o sentimento que uma pessoa nutre pela outra. A presença do pai é que deve ser o primordial, e não a presença do presente. Por isso os namorados são felizes com qualquer coisa que é do amado, tendo valor mercantil ou não, por que o presente é uma forma de se mostrar o sentimento. Um desenho na areia, que vai ser apagar sozinho, é um presente. E é nessa história que a criança vai perdendo as suas características naturais, cria metamorfoses, de modo tão explícito e tão cedo, e muitas vezes até com estímulo familiar... mas muitas vezes nenhum "adulto" percebe a gravidade da situação. Se o "adulto" não percebe isso, ele é um adulto? Se ele não sabe que o que é importante é ele, mas, como o filho, acha que o importante é o presente, ele se difere do filho de 5 anos? Reflitam comigo. Uma criança não deveria pedir algo complexo, que têm vários recursos tecnológicos... o natural é que pedisse algo que pudesse ser apenas um meio para poder explorar a sua imaginação! Qualquer caixote de madeira deveria ser uma nave espacial...
Verificamos assim que muitos pais têm o mesmo nível de consciência de seu filho de 5 anos. E isso reflete nas outras áreas da vida. É complexo. Envolve a interpretação sequencial e distorcida de outros atos e fatos da vida. As consequências destes atos estão aí, é só abrir o noticiário.
É de pequenos atos, como este, que são produzidos futuramente os atos nada exemplares dos humanos. É como jogar ácido, e não água, para irrigar sementes.Atos tão sutis, muitas vezes "invisíveis" como um fio de seda, em determinadas fases da vida, são como causar uma rachadura em um pára-brisa. A partir dali, a tendência dela é só aumentar.
Pensem nisso.

Um abraço!

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