domingo, 16 de dezembro de 2007

Robôs?

Existem correntes entre pesquisadores de Inteligência Artificial, tais como a do pesquisador David Levy, que prega que daqui a poucas décadas os amantes humanos poderão ser substituídos por robôs, onde estes poderão ser programados de modo a serem adaptados pelas vontades dos seus donos. Já li algumas matérias sobre esse tema.
Esses pesquisadores podem entender de Robótica, mas precisam estudar um pouco sobre outras áreas também para saber do que estão falando. E não precisam fazer outra faculdade, é só ler mais um pouco, e ter um pouco mais de bom senso. A graduação deles provavelmente ensinou somente a área de Robótica, mas os pesquisadores não falam apenas sobre Robótica; o problema é que eles falam com o “ar” de especialista sobre outras áreas de estudo também. Não quero parecer retrógrado, mas não hesito em falar que essa é uma das idéias mais absurdas e insensatas com as quais me deparei, durante toda a minha vida. E que está ganhando destaque em grandes veículos de comunicação. Independentemente de algumas possíveis “semelhanças” entre humanos e robôs, tornar possível o relacionamento entre um humano e um robô é abrir a tampa da lixeira e subtrair para lá “apenas” o fator “Tempo”.
O que um robô têm para ensinar? Qual é o sentido do relacionamento com um robô? Primeiramente, ele não é igual à você. Que eu saiba, os verdadeiros relacionamentos se dão entre semelhantes. Seu parceiro tem que ter pele, tem que sonhar, tem que ser uma conexão sua com o Supra-Humano. Deve ser um anjo, e não falo no sentido figurado. Programar um robô para ter as características desejáveis pelo dono? Mesmo que isso fosse possível, os defeitos são tão essenciais quanto as virtudes. Encarar os defeitos e as virtudes do outro é o que desenvolve nossas capacidades. E são fatores tão complexos, fantásticos, obscuros e tão-somente humanos, que são alvos de estudo pela Psicologia, Psiquiatria, Neurologia, etc. E, além disso, é essencial que seu parceiro deva ter tido uma fase infantil, outra adolescente, adulta e idosa. Chega a ser inconveniente dizer isso, mas seu parceiro tem que morrer um dia. Isso é essencial. Porque o primeiro fator, o preponderante, para haver sentido num relacionamento, é o fato de saber que seu parceiro poderá ficar doente. E chegar à morte. E, não obstante, chegará lá. Preciso dizer algo mais?

(ah, preciso!) Um abraço!

2 Comments:

william gomes said...

Para podermos pelo menos pensar em relacionar com robôs, primeiramente precisamos saber relacionar com humanos. Entender-nos.
Ainda há muito o que revirar na vida.(Sempre haverá.)
Máquinas... tsc tsc tsc.

william gomes said...

Para podermos pelo menos pensar em relacionar com robôs, primeiramente precisamos saber relacionar com humanos. Entender-nos.
Ainda há muito o que revirar na vida.(Sempre haverá.)
Máquinas... tsc tsc tsc.