domingo, 30 de março de 2008

Bonecos de areia

Como posso dizer que a morte é o que te possibilita respirar? Posso, de uma maneira só. A morte não é o “último suspiro” (e claro que não é mesmo, pois quem “suspira” – que, pelo meu entender, suspirar por algo é romantismo - por algum motivo em seus últimos momentos de vida?), e também não é somente quando o cérebro pára de funcionar. A morte é morte enquanto houver vida. Mas, como entender que a morte está presente quando sentimos a luz em nossos olhos, ou quando estamos no ápice da juventude (quando consideramos que estamos livres de qualquer patologia comprometedora?). A morte se dá porque tudo em nós (nosso corpo) é feito por ciclos, e tudo já vira pó ao final de cada um desses ciclos. Somos como bonecos de areia andantes, que deixam seus rastros de pó por onde passam. Então, porque falar que se têm medo da morte? Ela se encontra tanto no vigor físico do atleta ou de qualquer outro trabalhador, tanto como se encontra no moribundo.
Por favor, arrumem o dicionário (o Aurélio e, com certeza, tantos outros), que diz: “morte: cessação da vida; termo fim; destruição, ruína; pesar profundo”.
O conceito de se “morrer por alguma coisa”, ou alguém, está, em parte, errado. Quem morre por algo não é somente aquele que “se joga na frente da bala”. Quem morre por uma causa é aquele que dedica a sua vida a ela.

quarta-feira, 26 de março de 2008

É demais, pra mim

É demais, pra mim

É demais, pra mim
Que seu semblante não ilumine
Semblantes não iluminam
Mas é demais, pra mim

É demais, pra mim
Que seus pés não deixem marcas
Pés quase não deixam rastros
Mas é demais, pra mim

É demais, pra mim
Que suas mãos não flutuem mais
Mãos não flutuam
Mas é demais, pra mim

É demais, pra mim
Acreditar que digo essas coisas de você
Essas coisas não existem
Pois é demais,
Pra mim.

(Fernando Assad)

segunda-feira, 24 de março de 2008

O verso das roupas

Repare bem nas suas roupas: o verso, da maioria delas, não provém o modo mais adequado para o contato com a superfície da sua pele. As costuras, rebordos, botões extras, gola, bolsos, e o próprio verso do pano não promovem o modo mais aceitável de contato das superfícies. Resumindo: não é objetivo da face interna promover conforto, mas sim, sustentar a face externa. Também, a face externa do pano têm as características mais refinadas. É claro que não há exacerbada sensibilidade da pele em relação às roupas (não há agressividade significativa no contato pele x pano), mas (repito), essa face interna do pano, que podemos considerar como sendo a mais importante para o conforto humano, não é a mais adequada. Se você inverter a roupa também, provavelmente o contato íntimo com a pele também não será dos melhores, pois o refinamento da face externa é artístico, e não visa propriamente o conforto. Concluímos, a partir daí, que o conforto não mais se dá pelo estímulo nervoso à derme e epiderme. A fisiologia muda. Você se olha no espelho, acha bonita e refinada a face externa da roupa, e, assim, a acha confortável. Gradualmente, a face interna se torna confortável, a partir da percepção da face externa.
Amigos: alterações fisiológicas são motivos para preocupação...

Um abraço.

terça-feira, 18 de março de 2008

Escrevi

Escrevi

Escrevi naquelas pétalas retorcidas
Todas velhas, de gaveta, esquecidas
Com lápis que já perderam as pontas
Pra me recobrar do peso das ondas.

(Fernando Assad)

sábado, 15 de março de 2008

O híbrido capitalismo-socialismo

Uma face híbrida, composta pelo capitalismo e pelo socialismo, vasculariza as políticas sociais de diversos países do mundo, incluindo o Brasil. Nenhum país do mundo é totalmente capitalista. As variações políticas atuantes se “renomeiam” para implantar suas idéias. Faces do socialismo são lembradas como capitalismo, apenas para poderem ter efetividade. Não ocorre em todos os casos, mas, em diversos, a criação de políticas – por exemplo – de “bolsa-alguma-coisa” se inserem no capitalismo, mas na verdade são idéias socialistas. Sabemos que o socialismo prega a distribuição igualitária dos bens produzidos por todos, mas também sabemos que, para que isso ocorra, deve existir uma “casta superior” para liderança de todos e, portanto, com situação diferenciada; a partir daí, já percebemos que o socialismo ideológico é falho. Mas, qual é o problema de se distribuir o “bolsa-alguma-coisa”? Essa idéia é bonita, mas o “bolsa-alguma-coisa” direciona a economia para poder dar ao povo a grande possibilidade de se criar uma situação cômoda, ao contrário de se concentrar forças para gerar oportunidades reais de crescimento social para todos. Nessa parte igualitária de ações é que mora o problema: é a partir daí que os atuantes do capitalismo abraçam o socialismo, fazendo com que a “casta superior” se mantenha de modo mais estável possível. Gerar oportunidades para todos é uma ameaça à casta, pois o desenvolvimento social generalizado é o que provém os meios e poderes para todos poderem fazer valer e evoluirem seus direitos, e fazerem constantes mudanças no patamar superior de “direção” social. O socialismo, então, se aplica aos pobres, pois os ricos são os próprios políticos. O híbrido capitalismo-socialismo é a realidade.

domingo, 9 de março de 2008

Arca de Noé com propulsores

Se imaginarmos, e fizermos um balanço, de todos os atos do ser humano durante sua vida, podemos dizer que 75% desses atos geram destruição, 15% geram produção, e 10% não gera nada. Essa desproporcionalidade mostra que: do que o ser humano gasta para produzir alguma benesse, apenas 15% é “revertido” de alguma forma. Então, devemos ficar atentos quanto à época em que a cura do câncer e da AIDS forem descobertas, ou quando for descoberto um meio realmente eficaz para o processamento e regeneração do lixo. Nesse momento, a balança de descobertas estará favorável para nós, pois as tecnologias para reversão de danos significativos estarão em nossas mãos. Os meios para se reverter mais do que destruir serão conhecidos com propriedade. Mas, a desproporcionalidade produção x destruição é, e foi, tão grande, que muito se foi usado para essas descobertas, e a possibilidade de se reverter tantas perdas chegará a ser quase nula. O nível dessas descobertas estará em um patamar tão alto que, o que foi dispendido em troca desses resultados, já estará num volume atordoante. Comparemos esse momento futuro com o momento atual: atualmente, a regeneração de lixo têm tecnologia “mediana” para reverter de forma eficaz o que nós jogamos fora, e está “infinitamente” obsoleta para grande parte da população mundial. Nesse momento, ainda temos algumas poucas plantas para derrubar, e ainda alguma (pouquíssima) água para destruir. Quando grande parte da tecnologia, e da população, forem suficientes para produzirem mais do que destruir, esses restos de plantas e água de hoje já não existirão mais. Não sou pessimista, sou realista. As proporções de 75% de destruição e 15% de produção foram, estão, e continuarão existindo, pois são inerentes à humanidade. 75% do mundo já foi destruído, 15% ainda está para ser destruído, e 10% é feito por lugares totalmente obsoletos. É claro que essas porcentagens eu inventei, mas acredito que eu não esteja muito errado. Ou sentimos medo, e mudamos, ou é melhor já começarmos a fazer uma Arca de Noé com propulsores...

sexta-feira, 7 de março de 2008

Pirâmide invertida

A hierarquização, em todos os setores da sociedade atual, agora vêm obtendo sentidos inversos. A base da pirâmide vêm passando a ganhar o seu destaque merecido, pois é essa massa que é o motor. Logicamente é ela que faz o “carro andar”, e isso agora vem sendo mostrado realmente. Os significados da democracia proprocionam vazão ao crescimento, e constante aperfeiçoamento das legislações; e isso é o subsídio fundamental para que as classes desenvolvam os seus sensos de posicionamento, e promovam suas liberdades de imposição e evolução. Não que um diretor de faculdade está perdendo sua autoridade, e nem um diretor de uma empresa também está perdendo sua posição de liderança. Mas, agora, essa liderança é mais maleável e adaptável, pois as classes “inferiores” da hierarquia mostram seus devidos significados através de meios legais, e através disso podem mostrar que a importância de suas funções é igual a de qualquer um na escala de comando de alguma instituição. A posição de liderança é apenas mais um item no currículo, e não é mais tido como algo que trata alguém de forma “superior”. Por exemplo: designa-se um engenheiro por ser especialista em projetar pontes, e outro engenheiro por ser especialista em fundações de prédios, e que também têm em seu currículo um histórico de liderança; este é mais um item que acrescenta ao profissional, mas não o faz “superior” a ninguém, pois os outros têm as suas peculiaridades.
A pirâmide se inverte, porque hoje a massa da base se move (através de meios democráticos), e a grande maioria dessa massa é capaz de tomar atitudes contundentes contra qualquer escala da pirâmide. Resumindo: a base da pirâmide é capaz de demitir o diretor, mas o diretor não é mais capaz de “varrer” a base da pirâmide.

Um abraço!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Belas palavras

O esquecimento constante de fatos já passados, é a forma mais eficiente para se promover a “romantização” de qualquer tipo de “construção”, em relação a esses fatos.
Você quer fazer um texto (uma poesia, etc.) belo e inspirador sobre o seu passeio na praia, que ocorreu ontem? Então, não escreva hoje, espere 8 meses para fazer esse texto (ou, então, faça um texto hoje, e um daqui a oito meses, e compare-os; você entenderá tudo isso, na prática). Isso porque, com o passar do tempo, os elementos “coadjuvantes” daquele passeio na praia vão sendo perdidos da memória primeiro, e você (de modo muito mais fluido e natural) irá substituí-los com uma construção sua. Por exemplo (texto feito um dia após o passeio na praia): “andar pela praia (elemento principal) com a minha namorada (elemento principal), sobre a areia (elemento principal) amarela, vendo gaivotas (elemento principal) sobrevoarem bem perto de nossas cabeças, me faz esquecer todos os dias de sofrimento”; (é diferente de – texto após 8 meses) “caminhar pela praia com a minha namorada, sobre um mar de areia amarelada, vendo as gaivotas exibirem de modo imponente as suas asas, me faz esquecer todos os dias de sofrimento”.
Desse modo (com a espera do passar do tempo), é que se descobre mais naturalmente a substituição mais romântica para os elementos que, se forem descritos como o são, acabam se tornando muito “artificiais” e frios. A “flor de pétalas brancas que dei para ela”, passa a ser “a flor de alma branco-geada que dei para ela”.
Para finalizar: você, que têm mais de 20 anos (se teve uma infância saudável), sabe relatar a sua infância sem elementos romantizados? É esse esquecimento “parcial” e constante, que faz com que as lembranças de sua infância sejam mágicas.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Uma porta, e dois veículos

Todos nós podemos perceber que uma porta, de largura comum, não foi feita para o trajeto simultâneo e confortável de duas pessoas. O trânsito veicular, ou qualquer via de tráfego, norteiam-se sob este mesmo princípio. Então, qual é a racionalidade de se estabelecer, como consenso generalizado, que todas (ou a maioria) das empresas, instituições governamentais, universidades, escolas, profissionais liberais, e etc., comecem o dia de trabalho às 8:00 horas em ponto, e terminem por volta de 17:00 horas? O acréscimo do número de veículos é constante, e plenamente visível, principalmente nas grandes metrópoles. O consenso generalizado sobre esses horários já citados, força a “invasão” quase simultânea das ruas por todos os veículos de pessoas ativas no trabalho. Essa é uma das grandes “doenças” da atualidade, pelos seguintes fatores: veículos que demoram para chegar ao local de trabalho consomem mais combustível, aumentando o nível de poluição do ar (e o gasto com combustível), e esses veículos sofrem mais desgaste de motor, aumentando o nível de despesas do dono (com a manutenção); o nível de estresse e o cansaço do trabalhador aumentam, afetando de forma contundente o seu rendimento (boa parte do trabalho do dia acaba sendo feito no trânsito mesmo); o nível de atrasos é maior; ambulâncias ficam paradas; em caso de acidentes, o congestionamento fica maior ainda; isso sem citar os outros vários efeitos deletérios causados pelo trânsito congestionado. Então, não seria um grande passo para a ajuda na “homeostasia” das cidades, que o governo convencionasse regras mais éticas para os turnos de trabalho? Por exemplo: estabelecer que, no mês de fevereiro, os horários para o início de turno em instituições públicas e escolas, passem a ser de 7:50 hrs, e, de fim de turno, às 16:50 hrs; e universidades e empresas, de 8:15 hrs, às 17:15 hrs. No mês seguinte, a inversão de horários deve ocorrer.
Ganha-se, só com essas pequenas mudanças, 25 minutos para a melhora da homeostasia do tráfego nas ruas (repito: essas regras seriam convencionadas e estabelecidas mais pela indução da ética, e não gerar restrições jurídicas aos “infratores”). Assim, ganha-se “25” anos de avanços para o nosso país.
(implicações sobre possível incompatibilidade de horários à parte)

Abraço!

sábado, 16 de fevereiro de 2008

A música do futebol

Se fizermos um traçado entre um time de futebol e um grupo musical, podemos obter as seguintes percepções: o goleiro corresponde ao baterista, pois é o baterista que dita o ritmo e confere a estabilidade e segurança ao grupo; o baterista é fixo, se mantém na parte de trás do restante do grupo e, se fizer firula e entrar em descompasso, quando está “com a bola nas mãos”, acaba podendo estragar toda a música (ou “quase” leva gol, ou leva o gol mesmo). O zagueiro corresponde ao baixista, pois o baixista ajuda o baterista a ditar a estabilidade do grupo, e apresenta o som mais grave, “pesado e fechado”, assim como é a atitude do zagueiro para poder fazer a marcação forte sobre o adversário. O volante é a guitarra base, pois a guitarra base articula todo o grupo e profere vazão às “jogadas”, apresentando as características intermediárias (e sendo o elo de ligação) entre o baixista (zagueiro) e o guitarra solo (meia). O guitarra base dá harmonia ao grupo. O meia é o guitarra solo, pois o guitarra solo dita a melodia e a criação, fazendo o acompanhamento “afinado” ao trajeto do vocalista (atacante). Os laterais sãos os percussionistas, pois eles incrementam e apresentam as funções tanto na defesa do time quanto no ataque. Os laterais/percussionistas são, vamos dizer assim, os líberos; os apoiadores. E, por fim, o atacante é o vocalista; ele é direto e específico, espera a articulação de todo o restante do grupo para poder trabalhar, está na posição mais “adiante” do grupo, e, sem um bom vocalista/atacante, o gol não sai.
(obs: não sou músico, essa é apenas a minha percepção)

Abraços!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Os três pontos finais

Criar e representar dissociações interligadas que atinjam o âmago de espectadores, ou leitores, é algo muito raro (é redundância, mas gostei de usar essas palavras). Eu encaro essas dissociações como Surrealismo. Não sei se vocês já assistiram aquele episódio de “Os Trapalhões”, que contava uma história “à la” Monty Python, mais ou menos assim: o personagem Didi, durante sua rotina diária, sempre recebia chuva (somente em si), onde quer que ele estivesse, várias vezes ao dia, e principalmente nos lugares mais inconvenientes; ao final de seu dia, ele vai para casa e assim vai tomar banho, mas, quando ele abre o registro do chuveiro, a água não sai... então, ele acaba por sair do box do banheiro, para assim a chuva aparecer de novo (pois, como eu disse, ela só aparece em locais inconvenientes) poder tomar seu banho.
Qual é o sentido dessa história que reproduzi? Nenhum. Mas, satisfaz o âmago de sua consciência? Creio eu que, possivelmente, sim.
Dar explicação (mas não sentido) à esse tipo de história, é como associar quatro desenhos (dois quadrados, e outros dois círculos), em dois quadros; faça uma justaposição lateral de um quadrado com um círculo em um quadro, e faça outra, no outro quadro, onde o círculo seja atravessado parcialmente pela “ponta” (rebordo) do quadrado.
O que podemos obter da associação desses dois quadros? Podemos perceber uma transição do estado de paz (1º quadro), onde o círculo e o quadrado estão “harmoniosos”, para um estado de “invasão” (2º quadro), pois o quadrado acaba por “romper” o círculo.
O que eu falei têm sentido? Nenhum. São só desenhos que poderiam representar um milhão de coisas. Mas, eu pude satisfazer o âmago da sua consciência? Creio eu, que sim...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008






O Danilo Moreira, do blog http://emlinhas.blogspot.com, me indicou o selo "É um blog muito bom, sim senhora!". Fico muito feliz e lisonjeado com essa indicação, muito obrigado Danilo!
Agora, deixo dois indicados (poucos? não sei... é porquê acho que indicar 5 acaba sendo muito, melhor restringir um pouco):


Le Hipopotame (http://lehipopotame.blogspot.com): Do blog da Ana Cláudia não tenho nem o que falar... é um blog que trata sobre cultura em geral, enriquecendo de maneira soberba o nível de sabedoria e cultura dos seus leitores; são raros os blogs como esse. Sou fã da Ana.


Net Esportes (http://netesporte.blogspot.com): O Net Esporte é feito por, como diz o seu próprio enunciado, "Registros e opiniões sobre os grandes acontecimentos esportivos do mundo". Lá, há sempre novidades sobre diversas modalidades esportivas. Excelente.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Melhores do Mundo?

A população mundial nunca vai conhecer os definidos realmente como os “melhores do mundo” em alguma área. A definição de “melhor do mundo”, por exemplo, nos esportes, é uma concepção errada, e talvez poucas pessoas pensem nisso. O “mais rápido velocista do mundo” não é o mais rápido do mundo, ele é o mais rápido apenas entre os velocistas profissionais. Dentre os que tiveram a oportunidade de aprofundar seus gostos, aquele “tal” velocista foi o que conseguiu mais êxito. Se todas as pessoas que tivessem o gosto pela mesma área, encontrassem as mesmas oportunidades, e treinassem em condições semelhantes, com certeza o quadro seria totalmente diferente. Não estou desmerecendo os esforços das pessoas, mas muitas vezes o esforço não encontra o resultado justo e correspondente. Roger Federer talvez, ou provavelmente, não seria considerado o melhor jogador de tênis atualmente, Pelé não seria considerado o melhor jogador de futebol de todos os tempos e nem Ian Thorpe (?) seria o mais rápido nadador do mundo. A pobreza limita, o local de nascimento limita, a cultura limita (pois ela pode querer predispor alguém à alguma profissão, ou considerar alguma profissão como errada) as pessoas que passam pela nossa vida limitam, a doença que aparece limita, os acidentes limitam. Essas definições de “melhores” em alguma coisa (em qualquer área do conhecimento) são apenas ilusórias pois, talvez, aquele vizinho paupérrimo de Albert Einstein, se não tivesse sido forçado pela pobreza à trabalhar e dedicar sua vida para aquela profissão da qual ele não gostava, talvez tivesse descoberto algo mais fascinante do que a teoria da relatividade.

Até a próxima!

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Resíduos

Resíduos de fortes conservantes, aglutinantes, aromatizantes, agentes de sabor, e etc., (produtos esses que, sozinhos, não seriam ingeridos por ninguém) se depositam e vão se acumulando em todos nós, a cada ingestão de alimentos (a maior parte do que comemos é industrializada, nem preciso falar isso). Resíduos provindos de propagandas, com suas mensagens e idéias implícitas, vão se depositando em nosso cérebro, cada vez tomamos contato com qualquer meio de comunicação. Resíduos provindos da mescla de impurezas (estas cada vez mais variadas) do ar, vão se depositando em nossos pulmões a cada inspiração, e também vão agredindo nossa pele. Resíduos de árvores e animais fazem os nossos quintais. Resíduos dos raios de sol (raios ultravioleta), aparecem cada vez mais, e cada vez mais vão agredindo nossos olhos. Resíduos não coletados numa lixeira, vão agredindo o chão e as superfícies dos lugares por onde passamos. Resíduos das nuvens (chuva ácida), corroem os metais. Resíduos das boas músicas invadem as rádios e as tevês. Resíduos da boa-vontade e da amizade, permeiam cada vez mais nossos círculos sociais. Resíduos da Ciência Política comandam o nosso País.
Apenas os resíduos de bom-senso e inteligência vão podendo existir, devido à supressão provinda da ganância, ignorância, e da burrice alheia.


---------------------------
(aqui embaixo está o selo que fiz, intitulado "Paz que Une". Fico feliz por quem aderir (e reproduzir o selo) à esta campanha, pois falta muita paz nesse mundo)

Abraço à todos.


quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Início, meio, enfim

Quem apresenta qualquer tipo de conteúdo entende apenas 50% deste conteúdo. Eu só entendo o significado de 50% do que escrevo aqui (e vou explicar o porquê). Isso porque os outros 50% ficarão para os resultados da leitura (os efeitos que aparecerão eu não sei, só posso presumir – e o que vou conhecer são só alguns detalhes). Só existe metade dos significados dessas idéias aqui, a outra metade (que contém a continuação da história e significados desse post) ainda vai ser criada. Um pensamento escrito (ou qualquer meio que passe alguma mensagem) só vai poder ir sendo completo, à partir do momento que o leitor ou ouvinte capta aquela mensagem. À partir disso, é claro que a experiência acaba de ser aumentada e as futuras ações do indivíduo mudarão. O leitor desse texto vai pensar de outra maneira ao final da leitura, e não há escapatória, pois ele leu. Assim, modifica-se o significado dessa preposição de que (quase) toda história têm início, meio, e fim. Há um início, há um meio, mas o fim não é este que se presume. O fim da história do pensamento que escrevo aqui é impossível de ser descoberto; e também não é o fim, são os “fins” (estão com vocês). Quem passa alguma idéia usa o passado, para criar o presente, mas não sabe todo o resultado (só saberá de alguns pontos). Só se entende completamente o significado de qualquer coisa, se puderem ser descobertos os resultados que aparecerão.
(para exemplificar: você cria um projeto científico em sua faculdade, mas só os resultados práticos vão completar o sentido deste projeto - adicionei esse trecho no dia 31/01/08 às 22:00 horas)

Até mais amigos!
(ah, e olhem o post debaixo também, sobre o selo "Paz que Une")

Paz que Une



Amigos,

Criei esse pequeno logotipo sobre a paz. Acho que esse é um dos meios para a promoção dela pois, como está escrito, "Paz que Une" é um lembrete; uma forma de se fixar uma idéia nobre e que está tão em falta nesse mundo. Não sei quantas pessoas vão aderir à essa idéia mas, espero que, quem goste dela, também reproduza esse banner (que é bem pequeno, acho que não atrapalha um site).

Abraço à todos! (a paz nos une)

domingo, 27 de janeiro de 2008

O país de linhas

Imagine se acontecesse agora uma reviravolta, e o mundo sofresse uma nova divisão, onde as pessoas com a mesma filosofia e/ou estilo de vida passassem a dividir um mesmo país. Cada país, uma filosofia. É o que todos procuram, não é? Porque, dentro de uma certa filosofia ou estilo de vida, o que se exalta, logicamente, é ela mesma. Mas acredito eu que, com certeza, metade daquele povo do “novo país” continuaria igual (“falando por alto”) e metade da filosofia basilar morreria, gerando outros estilos de pensamento. Com o tempo, surgiriam as minorias e as maiorias; surgiriam novas linhas de pensamento; assim, tudo ia acabar voltando ao modelo antigo, do qual aquele povo tinha saído. Mas, qual é o porquê disso? A resposta é simples. Se todos seguirem uma mesma filosofia, não há destaque e nem singularidade à ninguém. A massa é igual e insossa. Não há novidades nem remodelagem de conceitos, pois não há a referência daqueles que são os diferentes.
Um estilo de pensamento só se mantém se tiver de se contrapor à outro porque, senão, não há nenhuma referência para aquele pensamento.
Por isso, deve-se dialogar e estudar as outras linhas de pensamento pois, senão, metade da filosofia incrustada em seu cérebro não se remodela buscando o que é o melhor para você.

Abraços!